quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

NOITE


O nevoeiro cobre o mundo em meu redor
As sombras agigantam-se, dançam - confundem-se com a noite
As casas são apenas ilusões de portos de abrigo
Não há nem pode haver refúgio para a dor...
O vento sopra furioso anunciando a tempestade
Perdi-me do mundo em meio das trevas - da névoa que me envolve
Não há nada mais apenas ruínas em que vagueio
Sem o consolo de outro alguém com quem falar...
Há uma ponte que se ergue sobre um rio furioso
Uma ponte que se perde no nevoeiro
E há os vários silêncios da noite
O consolo do álcool e dos cigarros que fumo
Uma espiral de luz e música regue-se subitamente
Rompendo o silêncio e as trevas
Girando no ar frio da madrugada que se anuncia
É tarde agora, tarde de mais

Sem comentários:

Enviar um comentário